MULHER – SEXO OU VIRTUDE

[Luiz Soares da Silva]

Luiz Soares das Terras Nordestinas.

Na velocidade em que a vida acontece, nos tempos atuais, fica difícil comentar sobre o antagonismo perpetrado contra duas energias que se completam, quais seja a energia masculina e a energia feminina.

De qualquer forma somos os únicos responsáveis, de ambos as partes, quando nos propomos a criar a nossa própria realidade. É preciso lembrar que somos um corpo físico, operado por uma vontade ou energia mental. Até ai, tudo bem. Acontece que, por falta de sincronismo, na essência da palavra, em tempos remotos, cada uma dessas energias se colocaram contrárias ao equilíbrio natural, tendo em vista a influencia de um atributo puramente de ordem emocional.

Existe um ditado muito usado no plano espiritual denominado: Eu Sou. O Eu teoricamente representa a energia masculina, que se comporta e age de maneira aparente; enquanto que o Sou ou energia feminina é mais recatada, mais intuitiva, mais complacente, mais amorosa, mais virtuosa em todos os sentidos da vida. Portanto, não existe o Eu sem o Sou ou o Sou sem o Eu. Belo trocadilho não!

A aparência e até mesmo a arrogância do Eu chegou a provocar sérios distúrbios nesse perfeito equilíbrio harmônico. Atribui-se a tal comportamento a adoção de valores eminentemente de ordem tangível, dentro de uma materialidade absurda. Talvez, tenha sido a própria composição e desejo de proteger como substancia ou densidade que o corpo apresenta na sua composição; e assim, se inserindo, na relação tempo/espaço. Para contrapor o Sou se fez vitima, foi menosprezada, foi ridicularizada, gerando, por conseguinte um sentimento danoso à relação, ao admitir o principio da causa e dos efeitos.

Ainda bem que existe um quarto elemento, qual seja a nossa vontade e desejo de estar na eternidade. Claro, podemos admitir que exista um outro plano infinito, do outro lado do Véu. Em assim admitindo, mesmo que empiricamente, fica mais fácil de nos voltarmos para dentro de nós mesmos, desta feita, simplesmente reconhecendo e valorizando não cada parte individualizada; mas, sim, UM TODO.

O Eu sem o Sou ficam estéreis. É preciso haver cumplicidade para que os grandes milagres surjam e se multipliquem, sempre sob os auspícios da Luz Universal. Neste caso, diria que a energia feminina ou simplesmente Mulher tem um papel altamente relevante, por isso mesmo deva ser vista e tratada de uma forma completamente diferente. Ela é Deusa, é Rainha altiva e nunca uma submissa aos caprichos que as coloquem no patamar da inferioridade.

Em verdade, a energia masculina é o aspecto que está focalizado no exterior. É a parte de Deus ou Espírito que leva a manifestações externas, que faz o Espírito se materializar e tomar forma. Já a energia feminina é a energia do Lar. É a energia da Fonte Primordial, a Luz fluida, o Ser puro. É a energia que ainda não se manifestou, é o aspecto interno das coisas. A energia feminina é abrangente e oceânica; ela não diferencia e nem individualiza.

Esse comentário não tem a pretensão de individualizar; mas, sim, deixar claro ou fomentar uma concepção Crística de ordem coletiva. A individualidade descrimina, julga, condena, maltrata, se isola, faz sofrer. Já o conceito assimilado pelo coletivo, multiplica, traz reconhecimento, valoriza, protege, se completa, como forma de viver na felicidade, sob os auspícios do AMOR ETERNO.