REGRAS

[Luiz Soares da Silva]

Luiz Soares das Terras Nordestinas.

Impressionante a dependência do ser humano, para não dizer divino. Tenho obervado, algo diferente, ao ler as mensagens e os questionamentos dos nossos queridos irmãos e irmãs.

As mensagens são instrumentos para que possamos interiorizar e nos ajudar a nos libertarmos dos grilhões que o tempo na terra provocou em muitos e muitos de nós. A corrente ainda dá sinais da submissão e, será preciso muita determinação para alcançar, de fato a nossa sonhada liberdade.

Certa vez ao observar o calvário de uma criatura que tomou para si o compromisso de rezar um terço, todos os dias, num mesmo horário. Além do mais, ainda tinha que promulgar orações e mais orações, se agarrando freneticamente com todos os santos e santas do universo.

 Quando me lembro de que basta um olhar, um sorriso, um abraço, uma meditação para nos situarmos holisticamente no reino dos místicos, fico a imaginar se a repetição seria o caminho para que venha a existir a nossa vontade de nos encontrarmos com nós mesmos. Alguns se comportam como máquinas precisas; outros agem de uma forma fanática.

Pois bem. Num questionamento que versava sobre a promulgação de uma possibilidade de nos tornarmos aptos a sermos encorajados, ajudados e abençoados com o trabalho maravilhoso de muitos abnegados guardiões espirituais, a pessoa perguntava quantas vezes por dia teria que repetir aquelas menções e, pasmem, por quanto tempo.

Cá com os meus botões fico caducando e me fazendo algumas perguntas, do tipo: Será que eles ao ouvirem as nossas preces não se compadecem do nosso pedido de forma instantânea? Será que a nossa presente necessidade não seria questão de prioridade para este exato momento? Será que eles são problemáticos na audição? Ou será que o nosso fervor em pedir a ajuda não externa algum tipo de egoísmo?

Poderia formular muitas e muitas indagações. É verdade. Talvez devamos adotar o ditado que diz: AGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA. Será que isto acontece num universo Cristico que não registra nem o ontem e, muito menos o amanhã, se o desejamos no agora?

Somos seres cheios de marcas registradas no tempo infinito. Cada decisão gera um processo que vai se delineando ao longo das nossas inúmeras existências. As marcas acontecem através das nossas iniciativas e da livre vontade, específica de cada um. As marcas nos lembram do quanto nos desviamos do rumo que assumimos a cada regresso. As marcas comprovam que acreditamos em dominar ou nos deixar ser dominados. As marcas são luzes que se acumulam e nos mostram o quanto sofremos por não estarmos situados num conceito maior de vida. Ah! As marcas são e continuarão a ser a perpetuação da nossa existência. Não importa aonde venhamos a estar, com quem nos acompanha ou nos fazem companhia.

É preciso encontrar forças draconianas para juntarmos tudo que nos foi antagônico. É preciso compreender e entender que somos seres iluminados. É preciso saber que somos e nos tornamos sementes estrelares. É preciso saber e ter consciência de que a nossa vontade é soberana. É preciso saber que podemos sonhar, imaginar e ver acontecer o que de melhor podemos prever para a vida sob os auspícios da luz universal. É preciso saber que a nossa LUZ tem sim o resplendor que se faz ver em todos os cantos e recantos do reino da luz. Não somos pontos cegos, errantes, conflitantes, abandonados, discriminados e ainda sem um pingo de amor próprio.

Preocupa-me sim, acompanhar o quanto será preciso para dizer em alto e bom som: O MUNDO QUE QUEREMOS ESTÁ NA NOSSA PORTA. A chave cada um tem para se abrir para o mundo e deixar fluir o que de melhor temos como intenção de tornar a nossa vida, em sociedade de uma forma bem mais diferente. Você é um ATOR ou ATORA, por isso mesmo abandone a condição de ser apenas peça de uma plateia que o tempo se encarregou de apagar, dentro de cada um de nós.

Viva a liberdade. Viva a nossa sonhada autonomia. Viva o nosso querer e bem amar ao Criador sobre todas as coisas e a nós próprios. Liberdade e Fraternidade.

Abraços fraternos do Luiz Soares.